22 de maio de 2011

[des]ilusões

Sempre pensei que podia ser independente , gozar da minha independência e nunca deixar de ser liberal até ao dia em que tu partiste . Nunca imaginei que iria alguma vez precisar de ti quando choro , nunca pensei que pudesse precisar de ti quando estou sozinha na escurisão , nunca pensei que pudesse precisar de tu para partilhar os momentos da minha vida .
Agarras-te no teu casaco , bates-te com a porta e deixaste-me ali , afogada nas minhas lágrimas como se nada fosse , como se fosse apenas um dia a pôr-se .
Porque é que vais embora quando eu mais preciso de ti deixando que o meu coração conheça a palavra saudade ? Deixas as marcas da tua ausência marcadas no meu rosto , marcadas no meu corpo . São facas espetadas que apunhalam o meu coração . É um fogo gélido que me queima os olhos , não me deixando ver a verdade . Nunca me tinha sentido assim antes , tudo o que faço me faz lembrar de ti , têm o teu cheiro . Agarro-me à tua almofada e aperto-a com força , desejando que fosses tu ali comigo . Procuro-te  no que é dubitável e duvidoso mas tu continuas a evitar-me . A tristeza invade-me a alma .  Achava que tinhamos sido feitos um para o outro porque és mais que um rapaz e é mais do que amor o que sinto por ti : é a razão pela qual o dia amanhece , é a razão pela qual o mar tem ondas , é a razão pela qual as nuvens passam lentamente no céu ... Mas para ti não consigo ser a verdadeira , a tal , a certa , a tua alma géma . Eu sei que és infiel e isso está a matar-me por dentro por saber que és feliz com outra rapariga e no entanto tu consegues ver-me a morrer .
NÃO !
Não quero fazer isto outra vez , não quero ser a razão pela qual não dormes em casa , não quero ser mais magoada , não quero ser mais usada , não quero que me tires mais nenhum pedaço de mim nem de amor próprio . Tudo o que eu quis , desde do início , era que soubesses que me entreguei a ti de corpo e alma , que tudo o que fiz , faço e sempre farei é por nós . Mal consigo respirar, eu preciso te sentir ao meu lado mas é em vão .


Sem comentários:

Enviar um comentário

standpoint